Define-nos a paisagem, ou é
a paisagem que é contida e por nós definida? Faço parte dela. Percorro-a com a dificuldade
que me é particular, em busca de um lugar para contemplar. Sentir-lhe o cheiro. Escutar
o som que nos define entre um aqui e um acolá. A mim. Ao Outro. Não são as formas
que me inquietam o olhar… é a luz e a sombra que delas nascem e nelas me movo
com a ponta dos dedos. São os sentidos que ela me desperta e suspende pelo
vazio a dentro… o tempo necessário para apreender cada gesto no olhar, cá dentro. Contem-se o tempo. A linha sai. Grita. Espirra. E. Aqui. Cai, na forma que lhe convêm. Assim comunico.”
Marta Bernardino
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